Cronogramas de projetos e o modelo de gestão com metódos ágeis

Existem diversas técnicas e ferramentas para o gerenciamento de projetos de desenvolvimento de software utilizando os modelos propostos pelos métodos ágeis de desenvolvimento.

O acompanhamento do gráfico de Burn Down que mostra a evolução do sprint é fundamental para um bom acompanhamento do ciclo de desenvolvimento, bem como os painéis Kanban que facilitam a visualização das tarefas do sprint.

E a utilização de cronogramas para acompanhamento das tarefas em uma metodologia ágil? Muitas empresas possuem áreas específicas de projetos que exigem a entrega de um cronograma ou status report de acompanhamento dos projetos, independente de estarmos utilizando um método ágil ou não no desenvolvimento dos projetos.

Baseado nas minhas experiências, posso dizer que um cronograma pode ser elaborado para estes casos, porém com uma diferença fundamental de uma abordagem tradicional de gestão de projetos, que é o nível do controle das tarefas em execução.

Uma prática que pode ser aplicada nestes casos é utilizar o cronograma como recurso para demonstrar e controlar as entregas, as iterações que nada mais são do que os sprints e as estórias que compõem os sprints, não se preocupando em fazer um micro gerenciamento das tarefas, pois o controle e o acompanhamento de tarefas é feito utilizando as próprias técnicas e ferramentas dos métodos ágeis.



Abaixo algumas dicas que podem auxiliar na criação destes cronogramas em projetos ágeis de desenvolvimento de software: 


  • Os desenvolvedores não precisam ser especificados no cronograma, mas apenas a representação do time, onde a alocação pode ser feita por percentual total em cada tarefa do cronograma que representam as estórias a serem desenvolvidas. Por exemplo, em um time de 5 desenvolvedores, iremos fazer uma alocação com percentual de 500% de recursos em cada tarefa. 

  • O nível mais granular no cronograma ágil é o das estórias, não sendo necessário incluir sub tarefas para as estórias. 

  • Não faz sentido controlar o prazo de cada estória, já que estamos falando dos prazos de cada iteração (sprint) e do conjunto das estórias que compõem estas iterações. 

Portanto, cabe principalmente ao Scrum Master conhecer a cultura da empresa em que está inserido e identificar as melhores ferramentas que se adequam ao controle dos ciclos de desenvolvimento e entregas, mesmo que para isto seja necessário um cronograma tradicional de um projeto, porém, elaborado de um forma simplificada e enxuta, que seja suficiente para o controle das iterações do projeto.

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